Hoje decidi que o que falarei não será sistematizado, não deverá
ser legível ou então compreensível, será apenas o que estiver “à
transbordar”. Hoje negarei a mim a autodisciplina que tanto me
imponho e que se tornou parte constitutiva do meu ser. Ser, serei,
não sei, se pá? Raul dizia que preferia ser uma metamorfose, eu só
posso ser uma revertério ambulante. Hoje da 'pura', amanhã da
'aplicada', sábado um pouco da 'educação'. Semana que vem nem
matemática mais quererei, será 'comunismos stuffs', será bebidas,
será física. Mas será ciência, sempre será.
Na escola me diziam agora aula disso, agora aula daquilo. Na
universidade: “Guilherme tens que escolher um dos cursos”, na
vida profissional “precisamos que sejas formado no testículo esquerdo, o direito não serve”;
“cadê seus certificados?”. Pessoas, porque precisamos dividir?
Não gosto da divisão da ciência em ciências, corta a minha
criatividade, não deixa que eu interligue questões, impede que eu
a ame integralmente. Seres velhos, será que é tão difícil
perceber que eu só quero amar a ciência integralmente?
Não boicote a criatividade alheia deveria ser o primeiro mandamento.
Mas esses seres velhos, esses seres velhos que existem em todos os
lugares, esses seres velhos que querem manter a “nova” longe
deles. Quem são esses velhos? Odeio esses velhos! Odeio ao ponto de
temer ser um deles no futuro, de me fechar as novas que me trouxerem
coisas novas.
Só queria acordar amanhã e dizer: “Será isso Guilherme!” e
poder viver de boa a vida toda, mas esse amor pela ciência me
maltrata... Me parece que os velhos são os que deixaram de amar.
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